quarta-feira, 2 de abril de 2008

Abril

Abre a moda do ano
Não há água que chegue
Nem umidade que falte
Não se sabe se é frio
Quando esquenta
Ou se o calor aparenta
A indiferença da noite
Um vento gelado espanta
O resto de verão empacado
Em forma de nuvens vermelhas
Tingidas de níquel e rádio
Diversos metais pesados
Que ficam a espreitar, encostados,
No horizonte boreal
Fuligem nas gotas de orvalho
Deixam marcas nos vidros
Pegadas de sereno
Riscos das orgias sem recatos
Sulcos dos meses de alegria
A preparar sem fantasia
O terreno da invernada

Edman Izipetto, ótimo mês para todos
02/04/08

Nenhum comentário:

Postar um comentário