segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Primavera da vez

Um pouco antes do final do ano
Um pouco depois do equinócio
Entre chuvas, nuvens,
Aberturas de sol dilacerantes,
Quedas de temperatura
Subidas bruscas do barômetro,
Leituras frescas de termômetro,
De camiseta com pulôver
De casaco com bermuda
Sandálias de galochas
Protetor solar pluvial
Nada é tão definitivo
Como esta indefinição:
Chora de alegria
Sorri de tanta dor;
Expansivo ao extremo do silêncio
Perspicaz na mira do olhar
Sou escorpiniano
Vejo de soslaio
O doce veneno dos mortais

Edman, obrigado pela lembrança
10/11/2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Outubro

Chove sem molhar
Sol sem esquentar
Frio sem machucar
Vento sem desfolhar
Flores para todo lado
Cores em todo canto
Perfumes do coito
Cheiros de amores
Vapores de encanto
Mês dos encontros

Edman
07/10/08

domingo, 7 de setembro de 2008

Nine

Adolescente morena
Carnuda mulher madura
Esta lua crescente em teu rosto
Sorri para meus olhos
Na gestação deste amor
Severa e brilhante
Chorosa saltitante
Tempero frisante
Das receitas do dia a dia
Das folias sem rotina
Das magias sem cortina
Descerrada dos padrões
Na fácil alegria de viver
Por entre rimas difíceis
Tua risada gostosa
Não me canso de ouvir
Tua risada, gostosa

Edman
07/09/08

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Passagem

Um respiro
E a vida muda por encanto
Muda tanto
Que feliz quem parte
Sob um aro triunfante
Halo íris
A vista de todos
Porta aberta
Colorido túnel do tempo
Saudando quem parte
Esperançando quem fica
Festejando sem pranto

Edman
29/08/08

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Morena

Oito infinito
Teu desejo afoito
Draga meu medo
Engole meu seco
Encharca meu coito
Quantas vezes de quatro
Muitas febres de luxo
Nesta vontade e refluxo
Nestes sons de tempos
Eu te conheço por dentro
Tu me reviras do avesso
Quando exclamas o gozo
Gira os olhos sem jeito
Reclamas de mais movimento
Sugo com fome teus peitos
Adentro teus profundos pensamentos...

Edman Izipetto
07/08/2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

À distância

Fossem os dias tão secos
E este ar sem umidade
Meus olhos vermelhos
Entregariam minha saudade
Passados muitos dias
Poucas horas na verdade
Não sei se o frio que sinto
É do bafo polar que a cidade invade
Ou da falta dos seus dedos
Nos meus cabelos
A desembaraçar minhas vontades

Edman Izipetto
10/07/08

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sete vezes

Não há pecado que não valha a pena
Nem virtude que não se desafie
Nem arte que não desperte a divindade
Nem energia que não ative um dos chakras
No prisma as cores despem-se
Ao som das notas que se repetem
Durante uma semana decantada
No mundo antigo cada dia é uma maravilha...
Vai procurar na Cabalah o que significa
A vitória sobre a morte
E nos escritos sagrados
O Deus dos Exércitos
Anuncia pelos Elementais
Que as taças do Egito
Serão servidas pelo vinho cíclico
Do mágico número

Edman Izipetto
07/07/2008

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Resplandece

Voa quetzal
Resplandecente ao teu ninho
Nicho de relíquias
Resquícios
Da eterna primavera
A colher e procurar
A Monja Blanca
Testemunha encapuzada
Nas florestas do Tikal
Do sumiço dos Maias
Antes que ibéricos impunes
Cobrassem pela civilização


Edman Izipetto, ótima viagem à terra dos vulcões dormidouros...
30/06/08

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Brinde

Entre nós duas taças
Refletindo nosso lume,
Repercutindo sibilante
O que sentimos sem falar;
Entre nós as duas taças
Ampliam nossa visão.
E as mãos que se acariciam
Juntas são um mesmo pêndulo
A correr com o tempo
Atiçando nossa paixão;
Entre nós as duas taças
Vão se completando,
Trocando a transparência
Pelo tinto da existência,
Pelo bouquet de um beijo
Cabernet franc semillion;
Entre as taças
Nossas bocas
Marcam o cristal
Degustam o vinho
E o licor do nosso tesão;
As taças se tocam
Nossos lábios se roçam
Nossos cheiros se trocam
Misturam-se líquidos
Entre tantos desencontros
Brinde a este encontro
De boa safra, de boa cepa.

Edman Izipetto, uma vida inteira para namorar que isto é bom demais...
12/06/08

Nós

No princípio um olhar
De onde veio primeiro
Um segredo do destino
Que não cabe disputar;
Quantos brilhos
Na transparência lapidada
Em formas e cores,
Numa jóia sem retoques
De palavras ditas,
Escritas em frases curtas;
Confissões postas à mesa:
De experiências,
Desilusões,
Alegrias sentidas,
Mesmo na solidão
Da distância entre mundos
Tão parecidos e tão diferentes;
O som do violão
Tocou mais que Bossa Nova,
Queimou as tamancas,
Mesmo que aprendiz,
Viajou pelo samba,
Gafieira e quadrilha,
Sob Lua cheia
Até um tango ensaiou.
Viu o mundo de estrelas
Neste ato de cena,
Sem cortina, sem figurino,
Nós dois no palco
Como um só,
Monólogo de carícias
Nos prazeres, dos prazeres,
A fundir nossas vidas
A talhar novos enigmas
Na trama dos fios
No tear deste amor

Edman Izipetto, ótimo dia dos namorados
12/06/08

sábado, 7 de junho de 2008

Six

O que é meia volta do relógio
É a metade de um tempo
Meia dúzia de razões
Para se ter toda emoção
Quando só se percebe o que passou
Parando e contando
Refletindo
Porque passou sem perceber
Tal intensidade de viver;
Seis Luas crescentes
Como um anzol no céu
A fisgar os frutos do amar;
Seis Luas cheias
Desvendando as sombras de araucárias
E o fogão à lenha a crepitar;
Seis Luas minguantes
Como um sorriso a se deitar
No horizonte de lençóis
Seis Luas novas
Na escuridão de se recomeçar
Como se fosse a primeira vez
E mais seis, e mais seis,
Seis, six, sax, sex…

Edman Izipetto
07/06/08

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A vida também não me ensinou...

A ser espontâneo, mas a ser sincero;
A ser extrovertido, mas a ter o que dizer;
A ser orador, mas a escutar;
A ter pressa, mas a curtir o devagar;
A não insistir quando sei o final
Mas a não desistir quando vale a pena;
A usar a sensibilidade para fazer a diferença,
Alegrar e encantar com poesia
Mesmo que sem a companhia
Do meu corpo em formação;
Viver a vida me ensinou,
A sorrir para a saudação das árvores
Quando a brisa as faz acenar
E lembrar de aceitar as pessoas
Como elas são:
Cada uma balança de um jeito ao sabor do vento...
A vida também não me ensinou
A lidar com os humores
Nem os meus nem de outrem
Apenas a manter o mesmo olhar
Na euforia e na tristeza
Na saúde e na frieza
Até que a morte me faça voar
Enquanto isso
Deixar a vida continuar me ensinando
Que eu não sei muita coisa
Além de todo sentimento

Edman Izipetto
04/06/08

terça-feira, 27 de maio de 2008

Oração dos homens ...

Que Deus ilumine as belas
De preferência no perfil
Para olhar para onde apontam
Seus instintos febris
Que elas continuem acreditando
Que seus pedidos mil
Estarão em nossas listas de desejos
E nas milhagens dos cartões afins
Que suas compras continuem a acontecer
Durante os tempos do futebol
Que seus milhares de cremes
Se resumam ao bloqueador de sol
Belas, belas, belas,
Sempre será linda a atual,
Mocréias e barangas
Que o passado as deixe na tranca
Que ex é sempre a mulher barbada
Mas a futura é sempre uma Jolie
Que seu pedido é uma ordem
Que eu vou tentar descumprir
Que seu guarda-roupa é modesto
Por mais itens que tenhas a decidir
Que o salto seja à altura
Da vontade de nos redimir
Que o buquê seja acompanhado
De champagne e foigrass
Que o vigésimo vestido
Seja o que vai usar
De todas as jóias que tens
Só a da vitrine é que vai combinar
E de discutir a relação
Bem na hora agá...

Bençãos, às feias recomendo um rosário...
SOCURI (Sociedade das Cuecas Resolvidas e Independentes)
27/05/2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

M...

Alimenta no ventre
O círculo da esperança
Esfera de vida
Circunferência pulsante
Planeta e estrela
Nova galáxia
A preencher o vazio
Da gestação solitária
Pela sua natureza de gerar
Cria eterna toda a cria
Sugada pelo seio
Desejada pelas paixões
Vela os primeiros passos
Noites de se fazer existir
Sente cada pensamento
Como uma gota de elixir
Leoa quando defende
Chorosa quando ausente
Uma vez parto nascente
Mãe para sempre

Edman Izipetto, um beijão para as mães
09/05/08

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Cinco

Palma aberta
Duas estações
Estrela
Pentagrama
Flor exótica
Começo de ano
Chuvas de pedras coloridas
Brilhos geométricos
Sinto
Meia dezena inteira
Na ponta dos dedos da mão
Todos os sentidos
Faz sentido

Edman Izipetto
07/05/2008

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Abraço

As garras desarmam-se
Recolhem-se da ponta dos dedos
Sobram calos e unhas polidas
Os braços alongam-se
Preparam o vôo sem penas
O planar sem tendas
Ou lonas de desafiar
Envolvem
Um ao outro
Protegem
Afagam
Confortam
Convidam para a vida
Apontam para o futuro
Afastam as amarras
Desamarram-se do passado
Vencem a batalha
Conquistam
Um abraço

Edman Izipetto, ótimo feriado “enforcado” para vocês...
18/04/08

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Números

Não bastam as combinações
De uma raiz quadrada
Elevada ao cubo
Se a conta de uma piscada
Nove foras
É a desilusão de um andar taciturno
Que soma é essa
Que diminui minha divisão
E multiplica a escuridão
Dos números primos
Rachados sem medo
E os inteiros positivos
Negativados pelo desprezo
Fraciona-se o indivisível
Comenta-se o teorema
Sem dizer um único pi
Calcula-se
Lápis de alcatrão
Logaritmos na madeira
Números da paixão

Edman Izipetto, sem a exatidão dos números infinitos...
09/04/08

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Abril

Abre a moda do ano
Não há água que chegue
Nem umidade que falte
Não se sabe se é frio
Quando esquenta
Ou se o calor aparenta
A indiferença da noite
Um vento gelado espanta
O resto de verão empacado
Em forma de nuvens vermelhas
Tingidas de níquel e rádio
Diversos metais pesados
Que ficam a espreitar, encostados,
No horizonte boreal
Fuligem nas gotas de orvalho
Deixam marcas nos vidros
Pegadas de sereno
Riscos das orgias sem recatos
Sulcos dos meses de alegria
A preparar sem fantasia
O terreno da invernada

Edman Izipetto, ótimo mês para todos
02/04/08

segunda-feira, 31 de março de 2008

Amazona

Roupas justas como rédeas curtas
Realçam teu contorno
Sobre a montaria
A sela é o elo de ligação
Na fêmea que conduz
A fêmea que trota
Nas quatro direções
Crinas se misturam aos cabelos
Todos longos a desenhar
Ondas de desejos pelos passeios
Sem terrenos a lhe controlar
Olhos para frente, sem arreios,
Arroubos de galope
A empinar
Cavalga em caminhos abertos
Mas trilhas ainda não vistas a atrai
Corpo de mulher a acompanhar
A gangorra dos cascos
Som de agogôs no pasto
Chicotes de vento no olhar

Edman Izipetto
31/03/08

quarta-feira, 19 de março de 2008

Lua de Páscoa

Ela apareceu
Nesta tarde fria
Como que comida
Levemente mordida
Um doce deixado à deriva
Viajando pelas nuvens
Que levam o tempo quente
Para outro hemisfério
Trocam a roupagem
Dos galhos e dos armários
Douram de cobre
O amarelo laranja do entardecer
E na crescente estação
Na brincadeira de aparecer
Vai rolando na imaginação
Da gente ver e não ver
Como são os dias de então
Quentes sem aquecer

Edman Izipetto, ótima chocolatada para todos
19/03/08

terça-feira, 11 de março de 2008

Numa forma de carinho

Numa forma de carinho
Deixo minha marca
Sem baton ou gloss
Mas do ar expulso dos pulmões
No choque térmico quente/frio
Faço a aureola circular
De palavras por decifrar
Sílabas mudas riscadas
No vidro embaçado pelo meu ar
Numa forma de carinho
Um beijo de mansinho
Boa noite e até mais

Edman Izipetto
11/03/08

sexta-feira, 7 de março de 2008

Quem é

Faz que não quer
Como se não interessada estivesse
Desdenhando do objeto
Para nas suas artimanhas conquistar
Faz que não vê
Como se não olhando o focasse
No canto dos olhos
Sem se entregar na cor da face
Faz que não sente
Como se não tocada fingisse
Desviando as mãos
Com o magnetismo de atrair a atenção
Faz que não diz
Como se muda todos a escutassem
Silenciando o discurso
De palavras torrenciais de encharcar
Faz que não faz
Como se esperasse atitude de encanto
De um príncipe, sapo ou malandro
Que a trate como rosa de dia
E dama-da-noite sob a Lua
Quem é esse ser
Artigo: A
Gênero: F
Classe: Mulher

Edman Izipetto, ótimo dia universal
07/03/08

segunda-feira, 3 de março de 2008

Abraça-me

Abraça-me
Não soltes teus braços de meu corpo
Que pede tua pele
A roçar no meu gozo
Encharca-me com teu fôlego
A engolir tempos passados sem este fogo
Sem palavras nem manhas de atiçar
Sem gemidos se não os de aguardar
A não dormir no mais e mais te amar.

Um beijo, um verso, desejos sem contar, a sussurrar...
Edman Izipetto
03/03/08

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Dois

É um par
Dueto de quatro pernas
No encontro da vida a dançar
No páreo, no encanto,
Cabeça à cabeça
Um rasgo de visgo
Do mosto ao vinho
A dois degustar
São dois
Tanto pouco tempo
Faz deste verão insano
Um caminhar cigano
No quente e no frio
Um beijo de cio
Um jeito de se gostar

Edman Izipetto
07/02/08

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Bem me quer

A pétala de cera
Revela o emblema
De anos de cena
Nos malabares
Nos lenços de seda
Nas coxias
Nas cadeiras vazias
Da economia
No quadro negro
Dos avisos por mês
No check list
De viagens astrais
Tempo sem espera
Esperança de terra
Vista do mar
Oceano de pedras
Polidas e esmeras
A tilintar no teu olhar
Estrelas da vida inteira

Edman Izipetto
29/01/08

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fruta madura

Há tantas estações
Quantas paradas de trem
Apitos de chamar atenção
Sinos de lembrar alguém
Tempo de colheita
Hora de semear rente ao chão
Flores de voar muito além
Polens ao vento de nevar
Dos morros que sobem e descem
Carinhando pedras de espuma sabão
Cores de pendurar por vinténs
Enfeites de realçar de onde vens
Cheiros cheios de temperos
Matizes de liquens
Ar puro de pintar corpos toscos
Carnes de frutas e gostos
A estalar na boca
Do falso azedo de carambolas
Do sabor oriente de cerejas frescas
Eu tinto de degustar
Em cristais decompor teu paladar
Fermento de lembrar
Ardido de cravo a exalar
A canela da tua pele a gotejar
Suores de prazer e dor
Da força de viver ao redor
Do teu lado neste ano de amar
Velas de acender sem apagar
Essência de energia a iluminar
O doce do teu beijo sem amargar

Edman Izipetto
28/01/08

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Calor

O corpo quente sua
Perde a liquidez do mercado futuro
Há sonolência no teclado
Há displicência do volante
Mesmo que a chegada seja distante
Tudo derrete no asfalto
Cozinham as idéias e formulações
Expandem-se mutações
Para driblar a estufa da falta de razão
A geleira de um amor pagão
Vem equilibrar a térmica cultura
De vapores e frescuras
Da pouca roupa de folia
Da muita pompa por mania
Dos sorrisos de hipocrisia
É quente viver em brasa
Assoprando para o lado a fumaça
Da queima do nosso existir

Edman Izipetto, ótimo final de semana para todos, usem protetor polar...
11/01/08

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Besame mucho

E porque não li em Neruda
Imagem que em Pessoa tem
Tirei do fundo da estante
O Bandeira que a todo amor vem
Dei-lhe um banho de Drummond
Olhos de horizonte faz bem
E um toque de Vinícius
Posto que no infinito
Tudo chama a lirismo
Tudo arde a Baudelaire
Com modernidade de Andrade
De Suassuna a irrealidade
Apimentada de Ubaldo
Adocicada de Amado
Com palavras novas de Guimarães...


Edman Izipetto, um pouco de bibliografia não faz mal a ninguém
09/01/08

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Bouquet de mês

Uma rosa
Por você olhar
Alguém de terno
Com um olhar terno
Quem andava a esmo
Duas rosas
Para o olhar duplo
Que dividiu meu copo
Que adoçou minha taça
Até então ilusoriamente amarga
Três rosas
Pelas pedras do caminho
Que aprendi serem todas
Tão preciosas como um vinho
Tão necessárias para meu tino
Quatro rosas
Pelas mãos hábeis e carinhosas
Que não fugiram dos meus dedos
Tão recheados de poesia e vento
Tão calejados de lira e tempo
Cinco rosas
Por aquele primeiro beijo
Tão esfomeado de desejo
Ao mesmo tempo delicado
No mesmo instante erótico
Como chuvas de orvalho benfazejo
Seis rosas
De um mês sem esquecimento
Destes dias todos de aquecimento
Para asas voar sem sofrimento
Para os medos todos
Ver do alto, enxergá-los,
Sorrir, caminhar e entendê-los

Edman Izipetto
07/01/08