segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fruta madura

Há tantas estações
Quantas paradas de trem
Apitos de chamar atenção
Sinos de lembrar alguém
Tempo de colheita
Hora de semear rente ao chão
Flores de voar muito além
Polens ao vento de nevar
Dos morros que sobem e descem
Carinhando pedras de espuma sabão
Cores de pendurar por vinténs
Enfeites de realçar de onde vens
Cheiros cheios de temperos
Matizes de liquens
Ar puro de pintar corpos toscos
Carnes de frutas e gostos
A estalar na boca
Do falso azedo de carambolas
Do sabor oriente de cerejas frescas
Eu tinto de degustar
Em cristais decompor teu paladar
Fermento de lembrar
Ardido de cravo a exalar
A canela da tua pele a gotejar
Suores de prazer e dor
Da força de viver ao redor
Do teu lado neste ano de amar
Velas de acender sem apagar
Essência de energia a iluminar
O doce do teu beijo sem amargar

Edman Izipetto
28/01/08

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