segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Bouquet de mês

Uma rosa
Por você olhar
Alguém de terno
Com um olhar terno
Quem andava a esmo
Duas rosas
Para o olhar duplo
Que dividiu meu copo
Que adoçou minha taça
Até então ilusoriamente amarga
Três rosas
Pelas pedras do caminho
Que aprendi serem todas
Tão preciosas como um vinho
Tão necessárias para meu tino
Quatro rosas
Pelas mãos hábeis e carinhosas
Que não fugiram dos meus dedos
Tão recheados de poesia e vento
Tão calejados de lira e tempo
Cinco rosas
Por aquele primeiro beijo
Tão esfomeado de desejo
Ao mesmo tempo delicado
No mesmo instante erótico
Como chuvas de orvalho benfazejo
Seis rosas
De um mês sem esquecimento
Destes dias todos de aquecimento
Para asas voar sem sofrimento
Para os medos todos
Ver do alto, enxergá-los,
Sorrir, caminhar e entendê-los

Edman Izipetto
07/01/08

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