quinta-feira, 12 de junho de 2008

Nós

No princípio um olhar
De onde veio primeiro
Um segredo do destino
Que não cabe disputar;
Quantos brilhos
Na transparência lapidada
Em formas e cores,
Numa jóia sem retoques
De palavras ditas,
Escritas em frases curtas;
Confissões postas à mesa:
De experiências,
Desilusões,
Alegrias sentidas,
Mesmo na solidão
Da distância entre mundos
Tão parecidos e tão diferentes;
O som do violão
Tocou mais que Bossa Nova,
Queimou as tamancas,
Mesmo que aprendiz,
Viajou pelo samba,
Gafieira e quadrilha,
Sob Lua cheia
Até um tango ensaiou.
Viu o mundo de estrelas
Neste ato de cena,
Sem cortina, sem figurino,
Nós dois no palco
Como um só,
Monólogo de carícias
Nos prazeres, dos prazeres,
A fundir nossas vidas
A talhar novos enigmas
Na trama dos fios
No tear deste amor

Edman Izipetto, ótimo dia dos namorados
12/06/08

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