Em volta da fogueira,
As cordas são afiadas
As adagas são recolhidas,
As idéias são esquecidas,
As vidas,
Os violões,
Pelos dedos certeiros
Tocam o desespero
De sofrer sem sentir dor,
Palmas, palmas, palmas,
É o ritmo que sapateia,
É a dança que serpenteia,
Pelos destinos das mãos,
Lenços nas cabeças,
Ouro nas orelhas,
E o olhar de sentir dor,
Nas linhas das mãos
Que apontam suaves
Para todos os lados
Para todos os reis,
Cartas são lidas,
Amores são vidas
Destinos são luz,
Da fogueira que arde,
O vermelho de Marte
Vem vestir seus roupões,
E como o luar
Que atravessa a escuridão
Os ciganos também vão
Procurar outra estação.
Edman 10/07/2007
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