quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O som do silêncio

A brancura da neblina
Encerrou minha visão,
Silenciou minha audição;
Não pude ouvir os vizinhos,
Não pude notar os caminhos,
Mas não perdi minha razão.
Olhos que não vêem,
Mas sensibilidade de enxergar,
Ouvidos de não escutar,
Mas percepção de se guiar,
Qual morcego pelas lascas
Das cavernas da vida,
Sem se machucar.
Meu coração continua a pulsar,
Mais alto agora
Que me permiti lhe soltar;
Ele é minha bússola,
Nestes mares brancos
De falsa calmaria,
Nestas águas rasas
De duvidosa transparência.
É meu leme,
É meu lema.

Edman 15/08/07

Nenhum comentário:

Postar um comentário