terça-feira, 2 de outubro de 2007

Folhas mortas

As folhas que o vento não levou
Grudaram no chão que pisei
Assentadas pela umidade
Das lágrimas que já chorei
Mas há folhas brancas a preencher
Com pensamentos de não querer
Tanta água assim a derreter
Folhas mortas no chão que pisei
Não recolhi este lixo
Não escrevi este nicho
Talvez por meditar demais
Quem sabe relembrar o algoz
Das folhas mortas que não limpei
Das letras vivas que coloquei
Em folhas vazias que desenhei
Palavras fortes que lembrei
Para limpar folhas mortas que pisei
Novas trovas eu criei
Para enxergar folhas novas
Outras sombras nos caminhos
Novas formas de carinhos
Com espinhos sem desistir
Folhas mortas no chão a dissolver
As pegadas que um dia vou esquecer
Quando folhas novas eu escrever

Edman
02/10/07

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